O número 7 era o que separava o pobre Ramires da bolada que o bingo da rua D. estava sorteando. Era bolada na medida em que pagaria seu sofrido aluguel e ainda sobrava para o presente caro que a Gigi merecia. A perspectiva do precioso dinheiro no bolso ao fim da madrugada emocionava seu coração, acelerado num misto de alegria prematura e transtorno de pânico.
“Número 7!” Um velhinho bingou ao longe enquanto a namorada e o aluguel corriam pela mente de Ramires. A voz falhou e a respiração também.
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